No último fim de semana, a maior parte dos jovens brasileiros estavam suando a camisa e decidindo o seu futuro ao prestarem o ENEM exame este que pra alguns é um preparativo pro vestibular, pra outros ja é o vestibular valendo, uma vez que algumas federais adotaram a prova como o processo de seleção de seus candidatos.

       E o fato de algumas federais tomarem essa decisão causou um certo desconforto para alguns coordenadores pedagógicos, VUNESP e para muitos donos dos cursinhos.

       Mas por que houve esse desconforto?
       Com a mudança, a VUNESP que agencia muitas universidades aplicando as provas, teve seus contratos cancelados, uma vez que não seria mais necessário aplicar tais provas. Os donos das grandes redes de cursinho terão que mudar os materiais de estudo, para uma abordagem mais teórica e analítica, tal qual se exige no ENEM.

        Já as direções e coordenações a reclamação foi em relação ao conteúdo da prova. Para eles, o que se exige no ENEM é mais superficial e isso faria com que os alunos entrassem com "menos qualidade", isso é, mais burros. Assim diminuindo o nível da instituição federal.

        E isso é verdade?
        NÃO!!!  O ENEM diferentemente dos outros vestibulares não preza pela decoreba, pelo contrário, ele espera do candidato bem preparado, conhecimento teórico da matéria em questão. Não que ele saiba aplicar uma fórmula. E para mostrar um diferencial farei um exemplo de uma questão de física do ENEM e uma de um vestibular considerado o melhor do pais, o vestibular da USP.

       Questão 25 - Prova Amarela do ENEM 2009

       O ônibus espacial Atlantis foi lançado ao espaço com 5 astronautas a bordo e uma nova câmera, que iria substituir uma outra danificada por um curto-circuito no telescópio Hubble. Depois de entrarem em órbita a 560 km de altura, os astronautas se aproximaram do Hubble. Ao se aproximar um deles exclamou: " Esse telescópio tem massa grande, mas o peso é pequeno".
       Considerando o texto e as Leis de Kepler, pode-se afirmar que a frase dita pelo astronauta:

       a) Se justifica porque o tamanho do telescópio determina a sua massa, enquanto seu pequeno peso decorre da falta de aceleração da gravidade.

       b) Se justifica ao verificar que a inércia do telescópio é grande comparada à dele próprio, e que o peso do telescópio é pequeno porque a atração gravitacional criada por sua massa era pequena.

       c) Não se justifica porque a avaliação da massa e do peso do objeto em órbita tem por base as Leis de Kepler, que não se aplicam a satélites artificiais.

       d) Não se justifica porque a força-peso é a força exercida pela gravidade terrestre, neste caso, em relação ao telescópio e é a responsável por manter o próprio telescópio em órbita.

        e) Não se justifica pois a ação da força-peso implica a ação de uma força de reação contrária, que não existe naquele ambiente. A massa do telescópio podia ser verificada simplesmente pelo seu volume.

        Temos aqui o exemplo de uma questão totalmente teórica e analítica, aonde o examinador quer saber do aluno avaliado seu conhecimento sobre as leis de kepler e suas funções na órbita da Terra. Além da interpretação das respostas que não se apresentam tão genéricas, explorando outros conteúdos como por exemplo a 3 Lei de Newton na alternativa E. Uma questão bem completa e abrangente para o conteúdo de Física.
        Agora, podemos analisar uma questão da Fuvest-2009

        Fuvest - Questão 86 - Prova V - 2009

        O que consome mais energia ao longo de um mês,uma residência ou um carro? Suponha que o consumo mensal de energia elétrica residencial de uma família, ER, seja 300 kWh (300 quilowatts hora) e que, nesse período, o carro da família tenha consumido uma energia EC, fornecida por 180 litros de gasolina. Assim, a razão EC/ER será, aproximadamente:

        a)1/6
       
        b)1/2

        c)1

        d)3

        e)5

       Ele ainda da uma "dica", dizendo que o calor da combustão da gasolina 30.000 kJ/l e que 1J = 1000kJ, de fato o que o examinador quer mesmo é que o aluno mostre que sabe fazer regra de três, comparar proporções. Nada mais que isso, de conteúdo físico o exercício não tem nada, ele não exige conhecimento de alguma teoria ou alguma análise mais a fundo do texto.


       Então o ENEM é melhor que a FUVEST ?

       Depende do ponto de vista. Para quem quer avaliar o conhecimento em física de um aluno que decorou mais as fórmulas, as canções dos professores de cursinho, sim, a FUVEST é melhor. Por outro lado, se você quer avaliar um aluno com conteúdo e conceitos de física concretos, para prepará-lo para a empreitada dura da Universidade em Física, então o ENEM  é sím a melhor prova para este resolver.

       Numa viagem à minha cidade natal, tive uma conversa com a motorista que havia me oferecido a carona e que me fez pensar um pouco sobre como temos pressa e somos ansiosos e muitos aspectos em nossas vidas.  Em certo momento da viagem foi preciso parar o carro e dar uma ré, a motorista por sua vez fez uma pausa entre o frear e engatar a ré. Até aí sem problemas, pode ser que ela prestou atenção nos retrovisores, ou fez algum calculo pra ver qual o melhor caminho. Mas não, logo após engatar a ré começou a explicação dessa pausa e foi um tanto quanto fervorosa:


Nossa esse carro é horrível, vocês viram que eu tive que esperar um tempo pra engatar a ré, então aonde ja se viu isso, qualquer outro carro você vai e engata a ré, mas esse não, tem que esperar de 4 a 5 segundos pra engatar senão arranha tudo. Liguei no 0800, marquei horário com o Eng da fabricante e fui lá pedir explicação técnica do porquê. Ele me mostrou mas mesmo assim eu não compreendi e disse a ele que era só nesse, nos carros de fabricantes concorrentes não tinha tal “defeito”. Então, pensando um pouco nisso eu perguntei a ela. Mas qual o problema em esperar meros 4 segundinhos ? Ela, ainda mais esquentada. Ahhhh me poupe né, olha o tempo que eu perco. Além de encher o saco.

Minha intenção não era arrumar briga, muito menos provar alguma coisa pra ela, mas sim tentar induzir o diálogo pra coisas corriqueiras da vida que em tese “perdemos” tempo, mas não, fazemos tais coisas por necessidade. Continuando.

Eu perguntei pra ela. Você é formada em que? Jornalismo e dou aula pra Radialismo na Imagem e Som. Uhmm então você estudou muito tempo pra chegar aqui!! Você fez mestrado, doutorado? Então, trabalhei muito tempo como acessora de imprensa, mas é muito corrido e não ganha tão bem, depois resolvi fazer sim mestrado e doutorado pra ingressar na carreira academica que é um tanto quanto mais confortável. Complementei então. Bastante tempo hein, talvez uns 20 ou 25 anos de trabalho e estudo no total. Ela com um certo ar de orgulho. Sim por aí.

O processo de formação é pra vida toda

Nesse tempo todo com certeza você teve péssimos professores durante a faculdade , daqueles que você vai na aula pra não tomar falta mas estuda só em casa por que a matéria não é tão difícil. Ela pesou um pouco e disse: Vixe, tive muitos, tinha uns que sabiam menos do que eu, perdi muito tempo nas aulas, ficava mais por presença ou pra falar com as meninas, ver um paquera. Concluí então minha idéia pra que ela pensasse um pouco sozinha após o que eu estava prestes a dizer.

Agora some todas essas aulas que você não viu, não prestou atenção e tomou como tempo perdido, você acha que essas horas não fizeram de forma alguma diferença na sua formação, no que você é hoje como professora universitária. Por mais que seja pra arejar a cabeça mesmo, todo tempo não pode ser considerado mal gasto. Agora você ta se julgando pronta, que não precisa mais de tempo pra se formar, pra evoluir, tudo isso por que, olha quanto tempo você perdeu além dos vários 4, 5 segundos da sua ré! Você se estressou, você foi atras de campo de prova da fabrica, entrou em contato com 0800, e viu que era um sistema do carro, e que seus 4 segundinhos iriam continuar até você trocar o carro. Acho que essas pausas que existem na vida são necessárias e não que elas existem para nos estressar. O que você acha! ?

Não tinha pensado por esse lado, mas de fato perdi muito tempo e dinheiro com esses 4 segundos da embreagem.

E assim seguiu um silêncio no qual era perceptível como ela se mantinha pensativa sobre o que acabara de ouvir. Como o cotidiano tava tão encrostado na vida dela que ela já não tirava proveito, queria tudo do seu jeito, tudo ao seu modo, não aceitando o que há de diferente, que no caso dela era o pequeno processo de esperar poucos segundos para engatar a marcha ré.

A evolução do tempo

Com o passar do tempo nós perdemos nossas características principais do cotidiano. Cada vez mais estamos apressados, cada vez temos menos paciência e calma! Se você discorda eu te pergunto, qual foi a ultima vez que você montou um quebra-cabeça de 5 mil peças? Pois é , pode ser um absurdo fazer isso se você tem que mexer no seu orkut, ver os seus e-mails e é claro não pode perder a novela.
            
            Outro fator que hoje em dia está cada vez mais escasso é na culinária, eu que possuo muitos colegas que moram sozinho percebo o como é pequeno o numero destes que cozinham. Não por ser algo difícil, mas por questão de tempo.  O número de comidas instantâneas em abundante crescimento não é a toa. Qual foi a ultima vez que você fez uma feijoada completa, uma costela ou uma pamonha? ?
            
            No passado reunia-se amigos, parentes para fazer coisas que hoje se tornaram obsoletas. É mais comum nos depararmos com inúmeras pessoas em frente uma caixa quadrada repetindo as coisas do que reunir para saborear um prato em de forma simples, com o intermédio do fazer a comida, do construir algo sem pressa apreciando o seu sabor e curtindo o momento.

Nunca espere que coisas boas venham em pequenos intervalos de momento. De uma hora pra outra não se faz uma feijoada, de uma hora pra outra não se aprende física, de uma hora pra outra você não se torna um craque no futebol.  Tudo tem seu tempo. Só não espere que seja 4 segundos.

            Recentemente, a maior instituição de premiação científica do mundo (Instituto Nobel) premiou os –por eles considerados- melhores do ano em algumas áreas da ciência, dentre elas : Física. Em 2010 os galardoados foram dois russos, Andre Geim e Konstantin Novoselov, pelas experiencias decisivas com o material grafeno.


O que vem a ser o material grafeno e quais suas aplicações?
            
Estrutura do Grafeno
            Tecnicamente, o grafeno é um material encontrado no grafite e em outros compostos de carbono. Bastante abundante e de estrutura significativamente estável e resistente, ele pode ser a chave para a produção de transístores de apenas 0.01 micron, indo além do limite teórico de 0.02 micron, onde os transístores possuiriam apenas dois ou três átomos de espessura e poucas dezenas de átomos de comprimento.

            Sua aplicação surge recentemente, empresas de semi-condutores estiveram realizando testes a fim de substituir o silício pelo grafeno devido a sua altíssima eficiência em comparação ao silício.Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. O uso de grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e eficientes.

            Por que esta descoberta causou tanto reboliço ?

Até meados de 1965 não havia nenhuma previsão real sobre o futuro do hardware, quando o então presidente da Intel, Gordon E. Moore fez sua profecia, na qual o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e acabou ganhando o nome de Lei de Moore.
            
            Seguindo então a lógica e o futuro próximo dos processadores com grafeno, somado a necessidade de processamento cada vez maior de informação, Moore está ainda correto. Não sabemos se isso vai durar por longa data, mas que de certa forma intriga a ciência, isso sim intriga. A ciência quântica e a manipulação atômica do homem está chegando a níveis surpreendentes, como quando de forme brilhante beethoven conseguiu manipular as notas musicais e criar a nona sinfonia, os cientistas hoje, estão entendendo a matéria e podendo manipula-las como quiser, segundo suas caracteristicas funcionais.
            
            Curiosidades por tras do Nobel 2010.
            
            O que tem de curioso nesse premio nobel?  Analisando as ultimas premiações, percebi primeiro que houve uma descentralização do circuito norte-americano, anteriormente, sempre os laureados eram de origem norte-americana, ou de uma instituição do mesmo país. Este ano, diferentemente, a instituição é de origem britânica e seus pesquisadores russos, mostrando ainda um resquício da potência soviética. Outra diferença que percebi foi que nos ultimos 4 anos, as premiações vieram com frutos da pesquisa, ou seja, com o que se obteve do fundamento teórico pesquisado. Por exemplo, em 2007 a premiação veio com a descoberta da magnetoresistencia gigante que deu origem ao HD de grandes espaços para armazenamento.

             Já em 2008, pelas técnicas de fibra óptica. As quais hoje transmitem muitas informações em velocidades mais rápidas e sem perda de conteúdos. No entanto, 2010 foi marcado por uma premiação teórica de algo que está por vir, ainda não temos processadores tão evoluídos como o grafeno promete. Mas ja se premiou este pelo alcance conquistado, mesmo que a litografia não seja possível – técnica de montagem dos circuitos – ja podemos parabenizar a Academia Sueca por antever ou considerar esta proeza da humanidade. 

             Sobre os pesquisadores, felizardos com 1 milhão no bolso, um fato curioso é a idade de Novoselov, com apenas 36 anos, o física russo ja possui um premio de peso em sua vida, podendo relembrar os tempos aureos da física no início do século 20. Mas se pensarmos um pouco melhor, o que tem pra um russo fazer: Ou passa frio na neve, ou toma vodca ou estuda. Então ele optou pela terceira opção e se deu muito bem!!!

            Em uma de suas inúmeras entrevistas o psicanalista, teólogo, escritor, meia direita do flamengo de 73, borracheiro, desentupidor de calha e educador brasileiro Rubem Alves disse:


“Não acho que todos devem estudar!!! As pessoas sentem vontade, aptidão, gosto e assim que surgem os marceneiros, pianistas clássicos, pintores e pedreiros. Não é na escola, mas sim na aprendizagem artesanal, seja numa marcenaria com o pai, seja num salão de música com um professor rabugento”

E essa sua pertinente colocação me fez pensar: A escola não limita os nossos horizontes? Você fica limitado a seguir às suas regras não aproveitando qualquer outra atividade que possa ser desenvolvida de forma melhor do que insistindo na carreira academica. Uma dessas atividades como exposto pelo mestre Rubem Alves, pianista, está em queda, não que isso seja preocupante para a produção industrial do país, mas a intelectual tem muito a perder com um país e por que não o mundo onde se está perdendo cultura.

Essa massificação acadêmica, a produção de mentes destinadas a fazer e não a pensar é preocupante. Primeiro pelo fator exemplificado acima e num segundo momento pela alienação e limitação do próprio ser humano que fizera coisas geniais no passado e que cada vez se torna mais e mais distante do nosso presente essa cultura, ou por acaso você  conhece um amigo que toque harpa?  Ou um vizinho que é tecelã? Não né! Quiçá ourives!

Uma área que também preocupa pela escassez -não tanto quanto as acima, mas num nível pra ficarmos atentos- é a escrita. É claro que existe toda a sombra da educação no Brasil, mas o preocupante é que as que são alfabetizadas não produzem tal arte. Outro fator que também não nos motiva é a nossa cultura que se perde em meio a novelas e jornais, então a maior parte das pessoas que estudam se destinam pra essas áreas.

Além de produzir novelas de nível pífio, repetitivo e pernicioso a nossa sociedade, produzem notícias de massificação, de forma a alienar numa conjuntura que deixa a multidão estagnada culturalmente. E as próprias estruturas que o nosso belo país nos disponibilizam não nos permite evoluir nessa questão, isto é, não temos institutos, escolas, faculdades que nos façam crescer intelectualmente na escrita, desenvolver melhor essa arte, fazendo com que nos distanciemos dos livros e do lápis para nos aproximarmos da TV.

Mas não há só nuvens negras no horizonte. Podemos encontrar pequenos raios de luz saindo bem ao longe. Eles veem da Internet com os blogs. Inicialmente surgiu como um diário digital onde as pessoas contavam seus segredos, seus pensamentos a esmo, com o intuíto de se depurar ou não, mas o que se pode notar foi que em pouco tempo se tornou um ato comum.

A questão da massificação

Com os inúmeros blogs criados e a febre que se tornou, muitos textos escabrosos surgiram como por exemplo temos o blog (www.diegogalofero.blogpot.com) :

Vaidade é algo que é difícil administrar, grande é a vontade do ser humano de parecer ser mais do que propriamente ser algo.”
 “A autoridades não querem ver e nós acomodamos e assim vamos indo. Trabalhar não cansa o que cansa é o transporte que faz que nós já chegamos cansados neles.”
            
             Não entenderam? Pois bem, eu também não, assim como  muitos textos que existem na web. Mas não posso sair por aí condenando. É um ambiente recente, exige uma certa prática, assim como este que vos fala vem fazendo. Com a finalidade de alcançar uma escrita que permita ao leitor compreender um texto de forma sucinta e não enfadonha!
             
             Os blogs surgem então como uma maneira de ressurreição da escrita. Como um impulso que pode fazer com que essa arte não se perca com o tempo. Mesmo que a escrita vá se moldando a época – na web não é diferente- hoje em dia podemos encontrar de tudo, desde de coisas inexplicaveis e estarrecedoras como o exemplo acima de galofero, como blogs de notícia, cultura, ciência, música e assuntos aleatórios de gostos mundanos.


             Imagine que estamos no Natal, aquele clima de harmonia, todos procuram entrar no espírito natalino e enfeitar suas casas. Não exitam em colocar aquele emaranhado de pequenas lampadas seja ao redor da casa, seja num pequeno pinheiro, fazemos de tudo para parecer mais bonito. Mas alguma vez você ja se enroscou em meio tanto fio ? Você nunca imaginou que poderia colocar inúmeras lampadas e que todas elas poderiam estar sem fio ? Pois é, parece absurdo ou talvez coisa do futuro. No entanto, Nicola Tesla mostrou para humanidade que isso era possível no  século XX.

É claro que funciona: em 1899, Tesla conseguiu transmitir 100 milhões de volts a uma distância de 42 quilômetros e acendeu 200 lâmpadas e um motor elétrico ligados em conjunto. A invenção de Tesla tornou possível a distribuição de energia gratuita por algum tempo. Claro que um feito como esse ja tinha seus dias contados. Rapidamente as empresas que “patrocinavam” seu trabalho deram um jeito de fazer com que ciência se transformasse em dinheiro. Vejamos um pouco melhor essa discussão:




Continuando, talvez seja nesse impasse histórico que ciência e economia travaram sua maior batalha. Veremos mais pra frente o porquê disso. Antes, porém, muita discussão de ambas as áreas ja havia existido, mas uma que tivesse um final que transformaria o futuro de tal forma talvez não. A situação mostra uma descoberta de vasta importância, algo novo que com certeza seria útil tanto para as empresas, isto é, as indústrias, como a população como um todo, ou seja, para uso do dia a dia.

A partir daí houve uma grande dependência  científica para continuar o seu próprio desenvolvimento. Entendendo melhor isso: Para produzir um novo computador ou um novo celular, além de depender de muitas outras tecnologias como: processadores, transistores, led´s e etc... é necessário fazer testes e isso exige energia, que antes era gratuita. Ou seja, para se gerar uma nova tecnologia, para evoluírmos, necessitamos de um alicerce, de uma base tecnológica ja criada, ja pronta. E esta base que é o principal fator contribuinte para o “Funil Tecnológico”

Este funil que acaba desvirtuando a produção do homem, o livre criar e pensar natural do ser humano. Podemos exemplificar algumas, criadas para evolução da humanidade que devido as rédeas econômicas acabou tendo outra finalidade.

Santos Dummont e Aviões para combate: Alguns até dizem que ele se suicidou devido a sua criação ter se transformado numa arma de guerra.

Alfred Nobel e os Dinamites: Hoje o prêmio nobel que é a maior patente em premiação científica no mundo tem seus recursos financeiros devido ao processo de armazenamento da dinamite do Sueco.

Esses são alguns exemplos que faz com que pensemos um pouco em cima dessa questão de produção científica, por que e pra que tê-la em grande escala. É algo tão necessário? De fato ela nos evolui ou involui. Por que muitos booms tecnológicos ocorreram em épocas de guerra? O que o belicismo nos tras de melhor?

Não podemos deixar de lado o momento que passamos agora, onde o progresso esta concentrado na área da comunicação. Percebemos nítidamente como há a manipulação das empresas que detêm a informação, veja isso como Google, Microsoft, Apple e as empresas que transmitem o sinal. Pois é, volte uns 100 anos, será que se fosse gratuíto como queria Tesla, já não estaríamos atras de um outro monolito?   Aí encontramos um imenso e abarrocado funil, que controla nossa evolução científica e não nos deixam dar braçadas largas num oceano cheio de invenções.

PC ou TV?
           Todo dia pela manhã me atualizo através de notícias na internet acompanhado de um café da manhã, não é uma pratica visando o dinamismo, muito menos parte do corre-corre matinal, mas sim uma evolução da praticidade que a tecnologia que me envolve traz. E com essa facilidade o que percebo é: A maior parte dessa tecnologia presente no nosso dia a dia existe para nos ajudar.

            Mas sempre que posso paro e penso se pessoas comuns, que assim como eu tem um tempo mínimo para as notícias, praticam o mesmo. E conversando aqui e lá cheguei a conclusão de que não.  A grande maioria ainda se atualizam, isto é, se informam através da Tv. Bom até ai você leitor pode pensar: E daí, qual o problema eu também faço isso! Pois bem, não há problema, de fato a Tv ainda sim pela manhã tem muitos jornais para nos informar, assim como o rádio. No entanto, ao fazer isso, você não está se atualizando. Você ainda está na antiga prática de sentar na Tv e receber o que ela tem a passar. Já na internet, você busca as informações. Não precisa ler todos os sites ou todas as notícias. Simplesmente seleciona o que você quer ler, por exemplo: Tempo, Futebol, Eleições e por que não uma receita pro almoço! Ta vendo, agora você pode cada dia fazer um prato diferente, por que tem uma enciclopédia a sua frente. E se você quiser fazer esse prato ouvindo um som que há tempo não escuta ?  Agora você pode fazer isso. Bom parei por aqui, ja ta parecendo aqueles comerciais do Polishop.

            Mas aonde quero chegar com isso? O que eu fiz acima, resumidamente, foi uma divulgação científica. Mostrei uma melhoria tecnológica e disse uma vantagem que ela te traz. Mas por que então essa crise de divulgação científica ? Atualmente, vivemos de alguns extremos se tratando de Brasil. Algumas pessoas tem acesso a uma tecnologia mínima, já outros nem energia ainda possuem. E isso causa uma grande dificuldade para apresentá-la.

            Outra questão que acho pertinente é a escolha temática, algumas vezes tão desagradável quanto tomar Toddy com leite desnatado, Vejamos um exemplo: Imaginemos a situação hipotética de levar uma turma de 1 ano do colégio para um museu de arte. Primeiro: Eles estão muito mais interessado pelas meninas da sala ou as que estão presente no museu do que por qualquer arte lá; Segundo: Para algo se tornar enfadonho é preciso dinamismo, algo que um museu de arte dificilmente tem; Terceiro:  Mostrar facilidades e expor os jovens a interesses do seu dia a dia como celular ou messenger , jogos entre outros entretenimentos tecnológicos é um atrativo e tanto pra seres humanos com hormônios em excesso.

            De que adianta eu querer falar de arte barroca pra um aluno que tem uma vasta tecnologia a sua frente a não ser por questão de curiosidade. Existiu, influenciou nisso e nisso. Outro exemplo que seria absurdo: Uma palestra sobre arte rupestre! Qual jovem quer se submeter a tal cultura. Isso pode ser desastrosamente chato tal qual passar as noites de sábado vendo Tv com os sogros.  Do modo que o mundo atualiza hoje, muitos assuntos devem ser apenas contados, claro que não podemos deixar tudo de lado, mas também não podemos deixar tudo incluso, senão chegamos a brilhante conclusão de Bernard Shaw entre especialistas e generalistas e a sua relação com o conhecimento nos tempos modernos: os especialistas, sabem cada vez mais sobre menos, até saberem tudo sobre nada, enquanto os generalistas sabem cada vez menos sobre mais, até não saberem nada sobre tudo.

            Se hoje temos os projetos de Ensino à Distância, vídeo conferência entre outras evoluções oriundas da tecnologia, é pelo fato de facilitar e possibilitar situações antes impossíveis. Me lembro de quando ouvia reclamações de preços abusivos de telefone, mesmo celular, migração de operadoras e o que dispomos hoje pra suprir isso? Os programas de mensagens instantaneas como dito acima e os inovadores VOIP – Voz por IP, programas que usam da internet para conversação em telefones com tarifas baratissimas.

            Dessa forma, não vejo como a divulgação científica ficar presa a dogmatismos, métodos arcaicos ou qualquer outra dificuldade que tanto paira sobre isso. O que deve ser pensado antes de expor um assunto ou uma divulgação científica é se esta vai ter interesse para outrem, o que isso poderá acrescentar a vida desse outrem. Com certeza se isso for pensado antes de falado ou escrito, poderá sim melhorar em muito o interesse, atenção ou curiosidade do ouvinte/leitor. Não é preciso ensinar ciência, mas sim passar adiante a cultura científica.

Do que você tem mais medo ??
Ao ler hoje uma notícia de um pedagogo sobre escolhas profissionais, fiquei tão em choque quanto uma garota de 15 anos ao perder a virgindade!!! Continue, logo entenderá o porquê! Como dito cima o autor do artigo apresentou uma pesquisa sobre escolhas profissionais e as novas frentes de trabalho dos próximos anos e fiquei me perguntando: Será que de fato escolhemos o emprego ou a profissão que realmente queremos?

Ele veio com um papinho de que a sociedade está ficando mais velha e não discuto isso, de fato basta andar nas ruas pra me deparar com a legião de caquéticos jogando dominó aqui, atravessando a rua tal qual uma lesma lá, bebendo uma pinguinha acolá ou lotando as filas do SUS, enfim, realmente os velhos estão predominantemente na sociedade. Mas o papinho que o pedagogo defendia era de que está surgindo novos empregos e novas áreas no mercado de trabalho para assistência a tais idosos.

Fico me perguntando seria esses empregos em funerárias? Em casa de repouso?  Não, para minha surpresa é nas filas do SUS mesmo, pois o autor da pesquisa diz que o mercado é nas áreas de educação física e físioterapia , além de novas áreas como gerontologia, que segundo o grego significa: Aprender a ter paciencia com velhos tarados,trocar seus fraldões e ouví-los falar de comunistas e Adoniran Barbosa .

Mas não é de todo desespero, praqueles que não se inspiram nos idosos há também uma nova área no mercado, e nessa que venho discutir um pouco mais. Dizia no artigo que a onda tecnológica vem tomando conta dos meios de comunicação e a interação esta cada vez maior. Assim, fica ao cargo dos que se adaptaram a esta nova era passar o conteúdo útil para as próximas gerações, esse profissional é conhecido como professor. É isso aí, aquele mesmo que você reclama na segunda, terça, quarta, quinta e principalmente sexta-feira. Aquele que recebe tão bem quanto um trocador de borracha da tampa de panela de pressão,  que é tão valorizado quanto um porteiro ou um cobrador de ônibus.

Pois é, você agora deve estar pensando o mesmo que eu. Que tipo de droga o pedagogo usou pra falar uma heresia dessas?  Onde ja se viu, numa sociedade onde temos empregos tão importantes e valorizados como o de políticos, médicos, advogados e até mesmo essa nova onda de comediantes, fico estarrecido de ver como ele tem a ousadia de falar de professores. Se você perguntar a qualquer jovem hoje, pode ter certeza que em alguma dessas áreas ele vai estar direcionando seus estudos. Não tem essa de querer ensinar, querer fazer o bem, querer não bater em mulher... Isso aí acabou em Camões, trovadorismo, essas coisas cheias de traça.

Hoje a estrutura do mercado nos induz a uma única coisa, a querer o mais do mesmo. Abarrocar o mercado dos mesmos profissionais importantes, afinal você alguma vez reclamou de algum médico, de algum advogado, de algum comediante ou quiçá um político?  No entanto, todos tem algo em comum: Outrora fizera você esborrachar de tanta gargalhada. Seja pelo honorário cobrado por aquela casa da falecida Tia-avó, pelo erro médico na hora do parto que fizera perder esposa e filho, pelas piadas infames para com seu feliz cotidiano, pelas taxas absurdas cobradas, enfim, você ri de tudo isso com uma naturalidade tamanha.  E é assim que você também escolhe sua profissão, com uma naturalidade tamanha que quando está lá envolvido na rotina da sangria, só consegue rir, estufar o peito e gritar: Ahhhhh!! Como eu adoro novela... 



Fica a dica musical : 



Quem não se lembra quando ainda criança brincando de pique – esconde?  Pois é, e lembram também como a brincadeira se tornou sem graça quando chegaram em nossas mãos os “Walk-Talks”.Com isso tivemos que improvisar, criar novas brincadeiras, deixar a mente fluir pra adaptar esse novo brinquedo que dispertava o espírito guerrilheiro até na mais franzina criança. 

Na verdade você era muito jovem pra perceber as diferenças que existia entre o telefone comum que você mal usava e o seu walk talk que não saia do bolso. Mas podemos resgatar na memória e lembrar algumas diferenças que são nítidas:O fio era uma delas, enquanto você via sua mãe ou sua irmã mais velha enrolando os dedos no fio do telefone durante horas falando sobre novela ou receita de frango com quiabo você ja percebeu que podia correr pra lá e pra cá sem se limitar aquele fio. E a antena ? Também era motivo de se perguntar, afinal o telefone tinha fio, mas não uma antena. E os ruídos ? As ligações que você ja tinha feito no telefone existia algum ruído ? ?  E nas brincadeiras, quantas e quantas vezes você não berrou desperado pro seu parceiro de guerra “Chega mais perto que eu num to te ouvindo” ? Pois é isso tem um significado!!! Aí começa a transmissão de voz via onda eletromagnética.

Agora você ja deve estar se pensando: “Puta!!! La vem o cara com assunto chato, vo entrar no orkut que eu ganho mais!”  Calma! Tenha paciência tal qual você tinha quando era adolescente e resistia as madrugadas de sábado a noite esperando os pais dormirem e lutava bravamente contra o sono. Retomando o nosso foco. Como você acha que conseguia falar sem o fio como meio trasmissor ? Então, ao passo que o telefone tinha como meio de transmissão pulsos elétricos, os aparelhos de radio-frequência, conhecido por você como walk-talk , utiliza de frequencias eletromagnéticas para transmissão de dados.

Tá e o que veio após isso? A evolução dos walk-talks? Quem não se lembra dos famosos “Tijorola” que nada mais era a mistura de um tijolo com a marca Motorola de celulares. Um aparelho grande e pesado, mas que funcionava perfeitamente à distâncias consideráveis e apesar do avanço tinha certas limitações como antena, bateria com pouca duração, e sinais analógicos. Disso para os aparelhos que temos hoje o salto é grande tecnologicamente falando. Vejamos os porquês!

As empresas de telefonia celular perceberam o mercado promissor e pensou em criar aparelhos que dessem mais comodidade para usar no dia a dia, funcionasse em qualquer lugar, de forma que você pudesse falar a vontade com quem tivesse um desses aparelhinhos. Com o número de usuários em ascensão o que foi feito pra não congestionar as linhas e começar a dar os famosos “pau” ? Como dito a pouco, os celulares funcionam com frequencias de ondas eletromagnéticas e quando se lê frequencia o que vem a nossa mente? Hertz. Não, não é o meia direita da seleção da Hungria de 66. Mas sim o nome dado pelo SI ( Sistema Internacional ) de como medir as frequencias. Ela é dada por valores de um ciclo por segundo, por exemplo: O nosso ouvido “ compreende ” na faixa de 20Hz  até 16000 Hz. A nota musical lá, que tem a mesma frequencia de quando um telefone está ocupado, ambos estão na faixa de 440Hz. Sabendo disso podemos explicar a grande sacada que tiveram as empresas para não ter o congestionamento como perguntado antes. Eles criaram o modelo 2G, saindo do modelo analógico e propondo uma banda muito maior para comunicação dos dados digitais. A rede 2G, ou conhecida como GSM, Sistema Global para Comunicação Móvel em inglês, funciona da faixa de 800MHz a 1900MHz, compreendendo uma grande faixa para solução do problema de excesso de dados ou de aparelhos celulares.

Ja agora, o que você mais ouve e lê são os Smartphones, que com o avanço da internet e das redes socias, Orkut, MSN, Twitter e Facebook  o celular ficou um pouco de lado, por ser preso principalmente ao “ligar”. Assim então veio a necessidade de continuar as vendas para as empresas de telefonia, surgiu com isso os aparelhos 3G, o qual inclui os Smartphones. E denovo entra a trasmissão de dados como conflito. O que seria essa 3G? O que evoluiu da 2G? Para se ter uma idéia de comparação: Enquanto você faz um download de música em MP3 na 2G em 3 minutos, na 3G isso cai pra absurdos 15 segundos. E como tudo isso é possível?  Caimos denovo na frequencia de transmissão de dados.

As centrais de controle de sinais aumentaram a banda para 1,9GHz  até 2,1GHz, podendo assim, usufruir de muito mais recurso em um único aparelho, tentando mostrar pra você usuário que a evolução não para aí ela surge conforme a nossa necessidade. Seja ela qual for como: gravar relações com o namorado (a) e divulgar na web, marcar encontros secretos, baixar filmes piratas ou extornar dinheiro de uma conta bancária. Mas não se preocupe, não é toda pessoa que faz esse tipo de coisa, só as normais.




Bem vindos, entusiastas da Física! Bem vindos ao novo espaço científico da web para a exposição de conceitos, ideias, teorias e qualquer outra coisa relacionada à ciência-mãe!

Em meio a diversificação existente de conteúdo científico na internet, Douglas Vilela, futuro professor, resolvi criar este blog com a finalidade de explicar com clareza os assuntos que são hoje parte da Física, envolvendo desde seus fundamentos mais básicos até a modernidade, de modo que consiga aproximar esta ciência tão bela de qualquer um que deseje aprender sobre determinado assunto pertinente a ela, usando o cotidiano como ferramenta fundamental. Contando com a participação de mais alguns colegas (que ainda estão em recrutamento) e através de uma linguagem simples, objetiva e despretensiosa, semanalmente (assim esperamos) vamos abordar assuntos de diversos tópicos na Física, para os quais cada um dos colaboradores será responsável.

O formato em blog mostrou-se ideal para o propósito, tanto para viabilizar o acesso dos colegas participantes quanto para facilitar a comunicação dos leitores conosco, os idealizadores, através do campo para comentários.

Assim nasceu A Física Na Web. Esperamos, mais do que tudo, que este site seja uma fonte útil para vocês, leitores!

Um abraço, e aos estudos!

A Nossa Insignificancia no Universo
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