Cultura Científica

Postado por Douglas Vilela quarta-feira, 29 de setembro de 2010 , , , , ,

PC ou TV?
           Todo dia pela manhã me atualizo através de notícias na internet acompanhado de um café da manhã, não é uma pratica visando o dinamismo, muito menos parte do corre-corre matinal, mas sim uma evolução da praticidade que a tecnologia que me envolve traz. E com essa facilidade o que percebo é: A maior parte dessa tecnologia presente no nosso dia a dia existe para nos ajudar.

            Mas sempre que posso paro e penso se pessoas comuns, que assim como eu tem um tempo mínimo para as notícias, praticam o mesmo. E conversando aqui e lá cheguei a conclusão de que não.  A grande maioria ainda se atualizam, isto é, se informam através da Tv. Bom até ai você leitor pode pensar: E daí, qual o problema eu também faço isso! Pois bem, não há problema, de fato a Tv ainda sim pela manhã tem muitos jornais para nos informar, assim como o rádio. No entanto, ao fazer isso, você não está se atualizando. Você ainda está na antiga prática de sentar na Tv e receber o que ela tem a passar. Já na internet, você busca as informações. Não precisa ler todos os sites ou todas as notícias. Simplesmente seleciona o que você quer ler, por exemplo: Tempo, Futebol, Eleições e por que não uma receita pro almoço! Ta vendo, agora você pode cada dia fazer um prato diferente, por que tem uma enciclopédia a sua frente. E se você quiser fazer esse prato ouvindo um som que há tempo não escuta ?  Agora você pode fazer isso. Bom parei por aqui, ja ta parecendo aqueles comerciais do Polishop.

            Mas aonde quero chegar com isso? O que eu fiz acima, resumidamente, foi uma divulgação científica. Mostrei uma melhoria tecnológica e disse uma vantagem que ela te traz. Mas por que então essa crise de divulgação científica ? Atualmente, vivemos de alguns extremos se tratando de Brasil. Algumas pessoas tem acesso a uma tecnologia mínima, já outros nem energia ainda possuem. E isso causa uma grande dificuldade para apresentá-la.

            Outra questão que acho pertinente é a escolha temática, algumas vezes tão desagradável quanto tomar Toddy com leite desnatado, Vejamos um exemplo: Imaginemos a situação hipotética de levar uma turma de 1 ano do colégio para um museu de arte. Primeiro: Eles estão muito mais interessado pelas meninas da sala ou as que estão presente no museu do que por qualquer arte lá; Segundo: Para algo se tornar enfadonho é preciso dinamismo, algo que um museu de arte dificilmente tem; Terceiro:  Mostrar facilidades e expor os jovens a interesses do seu dia a dia como celular ou messenger , jogos entre outros entretenimentos tecnológicos é um atrativo e tanto pra seres humanos com hormônios em excesso.

            De que adianta eu querer falar de arte barroca pra um aluno que tem uma vasta tecnologia a sua frente a não ser por questão de curiosidade. Existiu, influenciou nisso e nisso. Outro exemplo que seria absurdo: Uma palestra sobre arte rupestre! Qual jovem quer se submeter a tal cultura. Isso pode ser desastrosamente chato tal qual passar as noites de sábado vendo Tv com os sogros.  Do modo que o mundo atualiza hoje, muitos assuntos devem ser apenas contados, claro que não podemos deixar tudo de lado, mas também não podemos deixar tudo incluso, senão chegamos a brilhante conclusão de Bernard Shaw entre especialistas e generalistas e a sua relação com o conhecimento nos tempos modernos: os especialistas, sabem cada vez mais sobre menos, até saberem tudo sobre nada, enquanto os generalistas sabem cada vez menos sobre mais, até não saberem nada sobre tudo.

            Se hoje temos os projetos de Ensino à Distância, vídeo conferência entre outras evoluções oriundas da tecnologia, é pelo fato de facilitar e possibilitar situações antes impossíveis. Me lembro de quando ouvia reclamações de preços abusivos de telefone, mesmo celular, migração de operadoras e o que dispomos hoje pra suprir isso? Os programas de mensagens instantaneas como dito acima e os inovadores VOIP – Voz por IP, programas que usam da internet para conversação em telefones com tarifas baratissimas.

            Dessa forma, não vejo como a divulgação científica ficar presa a dogmatismos, métodos arcaicos ou qualquer outra dificuldade que tanto paira sobre isso. O que deve ser pensado antes de expor um assunto ou uma divulgação científica é se esta vai ter interesse para outrem, o que isso poderá acrescentar a vida desse outrem. Com certeza se isso for pensado antes de falado ou escrito, poderá sim melhorar em muito o interesse, atenção ou curiosidade do ouvinte/leitor. Não é preciso ensinar ciência, mas sim passar adiante a cultura científica.

0 comentários

Postar um comentário

A Nossa Insignificancia no Universo
bookmark
bookmark
bookmark

Analytics