Olá Pessoal da Especialização em Ensino de Ciências da UTFPR

Esta página foi criada como complemento de uma atividade da disciplina de TIC´s no Ensino de Ciências.
Abaixo segue uma atividade de Física. A atividade é um tutorial de cinemática para o professor realizar com os alunos numa sala de informática (tem simulações e animações no tutorial)

As informações de uso constam no próprio pdf, para motivar os alunos a realizar as atividades segue um vídeo do youtube com uma revisão de cinemática.

Revisão de cinemática.

Tutorial de Cinemática


PS: Para visualizar as simulações é necessário ter o JAVA instalado no computador.

Um abraços a todos

                A internet , a Copa e as fibras ópticas: 
Uma explicação do funcionamento da internet móvel – p1


Que a Copa está chegando todo mundo sabe. Ora ou outra somos bombardeados por notícias falando de prazos, preços e licitações. Os políticos em conjunto com grandes construtoras e os orgãos competentes a que se refere ao esporte estão trabalhando juntos para realizar um evento que talvez seja o maior a ser realizado no Brasil desde os jogos Pan Americanos do Rio.  

Em torno dessas reformas e manobras políticas para melhor recepcionar a todos, participantes e turistas, há uma grande preocupação com nós os brasilerios e o que será deixado após a festa. Ou seja, do que adianta o investimento para preparar as cidades para os jogos e não restar nada além da lembrança. Assim os políticos pensam, pois é uma forma indireta de investir-se e muito na cidade, com uma garantia de respaldo dos cidadãos que  aproveitaram aos jogos (alguns é claro) e terão uma cidade mais organizada, tecnológica e preparada para desenvolver futuros atletas e receber turistas.

Existe então uma preocupação com a exequibilidade de tudo isso, em outras palavras, se vão cumprir essa proposta ou não. A principal delas gira em torno da estrutura da cidade, mais específicamente com relação a telefonia.
                 
Dado nosso atraso tecnológico, não podemos proporcionar uma internet rápida via telefone para a população quiçá via telefone. Aí que entra o político que pode encaixar o investimento nessa área, tal procedimento sanaria o déficit causado nas décadas passadas.


Diante dessa problemática, percorri as notícias e encontrei uma que mostra exatamente o quadro que estamos procurando. Dilma parece lúcida ao querer tal investimento na área tecnológica, e me parece uma aplicação de dinheiro tamanha que seria possível até assistir a Copa via celular.

Sonho?  Utopia? Desejos a parte, é interessante saber que há a vontade explícita dos políticos em aproveitar a oportunidade para darmos um salto tecnológico para diminuirmos o gap existente com relação as grandes potências.


Mas nisso tudo há algo interessante a se analisar: Como funciona a internet nos celulares e no que ela diferencia da internet que temos no computador. No próximo post iremos explicar como é o funcionamento físico dessa  tecnologia e por que ela custa tão caro. Acompanhe essa série divida em 4 partes.

Conteúdo Abordado
2        Princípio de Carnot
2.1        Temperatura
2.2        Entropia
2.3        Gás Ideal
2.4        Processos Cíclicos
 
  Resumo
        2.1       Temperatura

        Quando dois corpos são colocados em contato térmico, o corpo mais quente cede calor ao corpo mais frio. Enquanto as temperaturas forem diferentes, haverá fluxo de calor entre eles. Depois de um certo tempo, as temperaturas se tornam iguais e o fluxo de calor cessa. Uma vez em equilíbrio  sua temperatura não se altera mais, a menos que seja perturbado. Assim utilizamos um aparelho para medir a oscilação do fluxo de calor de um corpo para outro num determinado intervalo de tempo, conhecido como termômetro. Desta forma obtemos a temperatura de um corpo ou objeto.
                  2.1.1 – Ciclo de Carnot

Figura 1 - Diagrama do Ciclo de Carnot.
                                Analisando o gráfico acima onde mostra a intersecção de 2 isotermas com 2 adiabatas podemos descrever como ocorre o ciclo de carnot.  Temos inicialmente um gás no estado A. Este gás sofre uma expansão isotérmica até um estado B, em seguida o gás sofre uma expansão adiabática, onde não há troca de calor com o sistema e chega ao estado C. No ponto C, o gás sofre uma compressão isotérmica até o ponto D. Finalmente, o gás sofre uma compressão adiabática até o ponto A. Na expansão isotérmica, o sistema recebe uma quantidade de calor Q1 de um reservatório de calor à temperatura T1 e na compressão isotérmica, fornece uma quantidade de calor Q2 a um reservatório de temperatura T2. O princípio de Carnot afirma que a razão entre o trabalho realizado e o calor recebido por um sistema que opera segundo um ciclo de carnot depende somente das temperaturas do reservatório. Assim sendo, no caso acima, W/Q1 só depende das temperaturas T1 e T2.
         2.2      Entropia
          Assim como existe uma grandeza termodinâmica associada às isotermas, que é a temperatura, já definida, associamos também às adiabáticas uma grandeza termodinâmica. Essa grandeza deve ser invariante ao longo de uma adiabática, mas isso não é suficiente para estabelecer seu valor para cada adiabática. Para definir essa grandeza, denominada  entropia, procedemos como segue.
          Considere duas adiabáticas quaisquer construídas da maneira apresentada na secção 2.1.1. Considere um ponto A sobre a primeira adiabática e um ponto B sobre a segunda adiabática tal que A e B estejam numa mesma isoterma, correspondente a uma temperatura T. Sendo por:
Sb = Sa +  
          Em que Q1 é a quantidade de calor recebido pelo sistema de A a B ao longo da isoterma T. Então se realizarmos o processo inúmeras vezes teremos diversas adiabáticas associadas a isotermas, assim as adiabáticas serão relacionadas com um valor bem definido de entropia.
Figura 2 – Associação de duas adiabáticas  e duas isotermas.
         2.2.1 – Integral de Clausius
          Em seguida vamos mostrar que a diferença de entropia entre dois pontos quaisquer A e B do diagrama é dada pela integral de Clausius. A qual se estende sobre qualquer caminho que ligue os pontos A e B.
2.3 – Gás Ideal

Lei de Gay - Lussac
                    Todos os gases a densidades suficientemente baixas se comportam de maneira semelhante, independentemente do tipo de moléculas de que são composta. Esse comportamento é chamado comportamento ideal e o gás é denominado gás ideal. Portanto, gás ideal deve ser entendido como uma forma abreviada para um gás no regime de baixas densidades.
                   Temos da Lei de Boyle e a de Gay-Lussac  que a energia interna, U, de um gás que pode ser associada a partir dessas leis e da primeira lei da termodinâmica.

         2.4 - Processos cíclicos
                  Imaginemos um sistema composto por um fluido num recipiente cilíndrico. O fluido sofre um processo e volta ao seu estado inicial. Suponha que o processo cíclico seja tal que ao voltar ao estado inicial ele realize um trabalho W > 0. Isso corresponde à área da região interna do ciclo. Como o fluido volta ao estado inicial, a variação da energia interna é nula de modo que o trabalho realizado é igual ao calor total Q. Onde Qr é o calor recebido e Qc é o calor cedido ao ambiente.
W = Qr – Qc
                               
                 Assim funciona uma máquina térmica convertendo o calor em trabalho útil. E podemos calcular a sua eficiência da seguinte forma:

                Ao contrário dos refrigeradores que consomem trabalho. Então para obter uma máquina térmica que resfria, basta fazermos o caminho inverso da máquina térmica comum.  Sua eficiência é dada da seguinte forma:

Conteúdo Abordado

1        Princípio de Joule
1.1              Introdução
1.2              Trabalho
1.3              Calor
1.4              Conservação de Energia
 
  
Resumo

1.1       Introdução

     Fenomenos térmicos são eventos à nossa volta diariamente e por isso fazem parte da nossa experiência comum. Sentimos as alterações da temperatura aambiente ao longo do dia e percebemos as mudanças climáticas, causadas pelass variações de pressão e termperatura atmosféricas.             Reparamos que o fogo é a manifestação mais notável dos processos térmicos cotidianos. Aprendemos que ele pode ser usado para esquentar a água e fazê-la entrar em ebulição e descobrimos sua enorme potencialidade para gerar movimento e trabalho útil.

1.1.1        Equilíbrio termodinâmico

     O equilíbrio termodinâmico de um sistema abrange o equilíbrio térmico e outras formas de equilíbrio, que dependem do tipo de sistema termodinâmico em estudo. Um sistema mecânico em equilíbrio termodinâmico encontra-se em equilíbrio térmico e em equilíbrio mecânico.
     Quando um corpo quente é colocado em contato com um corpo frio, estabelece-se um fluxo de calor do primeiro para o segundo até o instante em que eles atingem uma situação em que o fluxo cessa. A partir de sse instante os dois corposestão em equilíbrio térmico. O equilíbrio térmico pode ser verificado por meio da medida da temperatura dos corpos. Se os dois corpos tiverem a mesma temperatura eles encontram em equilíbrio térmico. Se diversos corpos estiverem em contato térmico entre si eles estarão em equilíbrio térmico se todos estiverem a mesma temperatura.

1.1.2        Processo termodinâmico

     Se um sistema temm seu estado termodinâmico modificado dizemos que ele sofre um processo termodinâmico. No estudo da termodinêmica de equilíbrio nos interessa particularmente os processos cujos estados inicial e final sejam estados de equilíbrio termodinâmico.
     Por exemplo, um gás pode ter seu estado termodinâmico modificado de diversas maneiras dependeendo do tipo de parede que delimita o recipiente que encerra o gás. Se as paredes forem rígidas mas permitirem a troca de calor, paredes diatérmicas, o estado do gás poderá ser modificado simplesmente pelo contato do recipiente mais quente. Nesse caso, o gás recebe calor e sua pressão aumenta, enquanto o volume permanece inalterado. Se, por outro lado, as paredes do recipiente não permitirem a troca de calor, paredes adiabáticas, mas forem móveis, o estado poderá ser modificado pelo movimento das paredes. Uma compressão diminuirá o volume do gás aumentado a sua pressão. Se as paredes, além de rígidas, forem adiabáticas, então o gás estará totalmente isolado do exterior e seu estado não será modificado.
    
     No entanto, se imaginarmos agora que a pertubação seja muito pequena então o estado de equilíbrio logo após cada pertubação será muito próximo do estado perturbado de modo que o intervalo de tempo entre duas perturbações poderá ser reduzido. No limite em que as perturbações sejam arbitrariamente pequenas e o número delas infinitamente grande, os estados de equilíbrio sucessivos formarão uma sequência contínua o que define um processo termodinâmico quase-estáticos têm um papel fundamental na termodinâmica de equilíbrio. Um exemplo de processo quase-estático que tenho a mente agora é o processo de envelhecimento do ser humano. Existe mas esse acontece bem devagar.

1.2     Trabalho

     O trabalho realizado num processo termodinâmico pode ocorrer de várias formas: Processo Adiabático, Isocórico, Isotérmico e Isobárico. Sendo que em todos os processos o trabalho respeita a primeira lei da termodinâmica que vamos explorar melhor no item 1.4.
    
     Processo Adiabático: Não há transferência de calor nem para dentro nem para fora do sistema: Então temos Q = 0 ; (Ufinal - Uinicial = ΔU = -W processo adiabático).
     Expansão adiabática: W > 0 então o sistema realiza trabalho sobre as vizinhanças ΔU < 0 então a energia interna diminui.
     Compressão adiabática: W < 0 -> o trabalho é realizado sobre o sistema pelas vizinhanças ΔU > 0 energia interna aumenta.

     Isocórico: É quando o volume de um sistema termodinâmico permanece constante, ele não realiza trabalho na vizinhança. W = 0. Assim temos que ΔU = Q, ou seja, toda a energia adicionada ao sistema sob forma de calor permanece no interior contribuindo para o aumento da energia interna.
    
     Isobárico: É quando a pressão de um sistema termodinâmico permanece constante. Em geral, nenhum das três grandezas W, Q , U é igual a zero, entretanto o cálculo é fácil. W = P(Vfinal – Vinicial).

     Isotérmica: É um processo com temperatura constante. Para que ele ocorra é necessário que a transferência  de calor para dentro ou para fora do sistema seja suficientemente lenta, possibilitando que o sistema permaneça em equilíbrio térmico. Em geral igual a zero.
    

1.3     Calor

     Ao colocarmos um corpo em contato com um outro mais quente, haverá transferência de calor do segundo para o primeiro. Entretanto, nesse procedimento não saberemos quanto calor é transferido de um corpo ao outro. Para transferir uma determinada quantidade de calor a um sistema a outro é necessário uma medição e aí surgiu a grande idéia de Joule.
     Veja aqui o experimento por ele realizado.
O calor possui a mesma unidade de medida que o trabalho. No SI – Sistema Internacional ambos são medidos em Joules (J). Uma outra medida para o calor muito usada, mas não pertence ao SI é a caloria (cal), definida como a quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de um grama de água de um grau Celsius.  

1.5              Princípio da conservação da energia

     O princípio de Joule, ou princípio da conservação da energia, afirma que a energia de um estado de equilíbrio independe do processo utilizado para atingí-lo. Essa afirmação também constitui a primeira lei da termodinâmica. Apesar de parecer bastante evidente que o trabalho se transforme em calor, por exemplo, por atrito, não se pode concluir que o trabalho dissipado produza sempre a mesma quantidade de calor. É necessário verificar experimentalmente tal lei, que se resume na determinação do equivalente mecânico do calor.

Bom pessoal, tentarei nos próximos meses desenvolver na seção do blog "Aulas-Física Térmica" o conteúdo abordado no livro Termodinâmica do Professor Dr. Márcio José de Oliveira.


No início, para você estudante e internauta que participará desse curso direta ou indiretamente, temos a página do próprio autor com alguns Capítulos do Livro
Num segundo momento acho que seria interessante adquirí-lo numa biblioteca ou sebo.
E para servir de motivação, temos o cronograma das aulas e seu conteúdo futuro.


Tópicos

1.      Princípio de Joule                               
2.      Primeira Lei da Termodinâmica          
3.      Princípio de Carnot                                   
4.      Segunda Lei da Termodinâmica                  
5.      Princípio de Clausius-Gibbs                        
6.      Potenciais/Identidades Termodinâmicas       
7.      Princípio de Nerst-Planck                           
8.      Diagramas de Fases/Transições de Fase      
       9.      Teoria cinética                                             
       10.   Probabilidade e funções-distribuição            
11.    Ensembles e funções-distribuição
(micro-canônico, canônico e grã-canônico)  
12.   Aplicações de mecânica estatística               
13.     Estatísticas quânticas            

                        
Questões Iniciais

        Para iniciar o curso é necessário uma breve revisão dos conceitos básicos de termodinâmica, são eles:

        Equilíbrio Térmico.

        Processo Quasi-Estático

        Trabalho e Processos (Isotérmico, Isocórico, Isobárico e Adiabático)

        O que é Energia? ( Essa questão é necessário um pouco mais de conceito para respondê-la )


Deixo as questões para que possamos discutir via blog, através dos comentários, e também nos próximos posts dando assim início ao curso. 

Obrigado e bom estudo a todos.


             Estive durante essa semana com um amigo norte-americano e aproveitando a oportunidade de contato com uma pessoa que vem de um país abundante em tecnologia, tive o prazer em fazer muitas perguntas sobre tecnologia, educação e é claro aprendizado.
             
            Para minha surpresa, esse colega detêm de muitos dos recursos tecnológicos/eletrônicos que são desenvolvidos em seu país, e mais, para minha sorte o jovem rapaz é Analista de Sistema, ou seja, vive submerso no mundo digital. Mas continuemos, tentarei ser breve sobre a nossa conversa:

            Logo de cara ja perguntei sobre ipad, iphone e os í´s da vida, se realmente são bons? Se ele os utiliza com frequencia? A resposta que eu tive, pode parecer óbvia, mas estava ali para tirar todas as dúvidas. De sopetão ele respondeu que não vive sem o seu iphone. E eu disse-lhe. Isso não causa muita dependência? E de forma sagaz ele me disse que sim, mas uma dependência que ele julga ser boa, e explicou. Para ele, ao invés de usar a internet para busca e pesquisa, lista telefonica para olhar mapas e numeros, relógio para ver as horas, um celular para fazer ligações e um PSP (Game portátil da Sony) ele tem tudo isso em seu Iphone, então ele vê o produto como uma unificação de recursos. Acho que a grande sacada de Steve Jobs e sua equipe, criadores do Iphone, foi a de unir vários desses recursos em um só aparelho, não sendo necessário a pessoa andar com um laptop, um celular, um relógio e etc…

            E sobre os preços não há o que discutir, é muito mais barato lá do que aqui, mas nesse momento entra toda uma discussão econômica do mercado brasileiro e acho que não vem ao caso, mas a tendência é que o produto com o tempo, perca seu valor e se torne mais acessível à população brasileira. Isso enquanto não conseguimos criar a nossa própria tecnologia. Pois bem, enquanto esse dia não vem, temos que aceitar esse valor, ou tentar através de algum conhecido que visite os EUA que traga um para nós.

            Numa segunda oportunidade, tive a chance de falar sobre educação com esse cidadão. E para minha supresa ele tinha uma visão muito crítica sobre a educação em seu país. O que ele comentou foi a bolha que está surgindo lá em relação a tecnologia e mercado. O número de cursos que são criados, novos cursos, é segundo ele assustador, a cada ano, as faculdades aparecem com um curso novo para “criar” a tendencia econômica mundial. Ele me disse um exemplo de sua própria faculdade localizada em Chicago-Illinois. O seu curso ja existia durante um tempo, Analista de Sistemas, e quando o mercado sentiu a necessidade de um funcionário mais completo para as grandes necessidades empresariais, criaram um novo curso, Analista de Situações Econômicas. Que para ele, surgiu, como uma junção de Analise de sistemas e Economia de Mercado, cursos já existentes em sua faculdade. No entanto, a parte cultural do país está minguando. Ele diz que para os próprios americanos a cultura se resume à tecnologia e ao entretenimento. Ou seja, as maravilhas eletrônnicas e ao show bizz.

            Mas o que quer dizer isso?

            Na minha opnião, isso mostra a capacidade dos EUA de prever o que virá nos próximos anos no mercado mundial, e como eles sempre querem estar a frente, criam as novas tendências, a partir das necessidades e dificuldades do mercado.Eles injetam todos os anos bilhões em investimento tecnológico. Com isso, se tornam a válvula propulsora para o resto do mundo, não tendo outra alternativa a não ser copiar o que fazem, isto é, aceitar sua superioridade tecnológica. Agora sobre a cultura, acho que desde o início do século 21, eles estão perdidos, no sentido existencial, como humanos, eles começaram a engolir a própria vida para se exaltar como os detentores da riqueza mundial, da economia mundial e para sustentar tal posto, não há outra maneira a não ser criar produtos para compra, criar rotação financeira e isso bem fazem com as parafernalhas tecnológicas. E também exportando sua cultura, mesmo que guela abaixo, mas exporta, com o intuito de fazer todo mundo gostar do que eles bem quiserem, seja Shakira, seja Justin Bieber ou com o Iphone. O que interessa é fazer o mundo consumir.

            E quando a tecnologia traz benefícios?
            
            No caso dos novos aparelhos, onde é possível encontrar benefícios, acho que convém aos países subdesenvolvidos aprender ou adaptar esses produtos em vosso cotidiano. Por exemplo os tablets, que possívelmente terá um preço acessível, pode substituir facilmente um caderno escolar. As futures gerações, tanto de professores como de alunos, tem que estar preparados para a novidade e o mais importante, facilidade. Se hoje o professor tem dificuldade de explicar um conteúdo pois demora 20 minutos para passar na lousa, isto é, transcrever com giz, imagine quando esse professor tiver na palma da mão, num tablet, um arquivo que fez em sua casa na noite anterior e ele possa passar para os alunos, via wireless, em questão de segundos? Será que vamos continuar recusando isso? Somos tão cegos e tão ignorantes para entender que essas modernidades existem para colaborar? Pode parecer pessimismo de minha parte, mas eu ficaria muito triste ao entrar na sala de aula e subitamente sentisse o cheiro de alcool e me deparasse com a cena de um professor(a)  usando mimeógrafo. Não sabe o que é um mimeógrafo? Ufa ainda bem!!! Assim eu me sinto mais esperançoso.

Hoje, via twitter, recebi uma notícia que para muitos possa parecer estarrecedora... Mas não quero ser arrogante a dizer que ja pressentia isso. Aliás, há algum tempo...
Mas continuando, aqui segue a notícia retirada da Folha de São Paulo, após ler a notícia, faço uma análise do que penso sobre tal.
Decadência ronda ciência dos EUA no seu maior evento anual

Para especialista, jovens estão "fugindo" da carreira científica

RICARDO MIOTO
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

O maior encontro científico dos EUA e (ao menos por enquanto) do mundo começou ontem com uma mensagem desagradável: "Já não somos mais os mesmos".
A palavra "declínio" está em todo lugar: nas entrevistas de Alice Huang, presidente da AAAS (Associação Americana para o Progresso da Ciência, responsável pelo congresso), no relatório de novembro da National Science Foundation e nos corredores do centro de convenções.
Huang fala com expressão preocupada: "Temos de enfrentar os problemas recentes. Não podemos deixar a ciência e a educação irem embora deste país".
Desde 1992, a fatia americana da produção científica mundial diminui ano após ano. Estima-se que, ainda nesta década, será ultrapassada pela ciência chinesa, que avança rapidamente.
A ciência americana é atingida por problemas que o país todo enfrenta, como a ascensão de novas forças pelo mundo, como a China, desafiando a sua hegemonia, e a crise econômica.
Mas existe um problema mais perverso do que esses, que coloca a ciência americana em um beco sem saída: os jovens mais brilhantes do país nunca desprezaram tanto a carreira acadêmica.
Calcula-se que mais de 60% dos alunos de doutorado do país não são americanos. Nos melhores programas de pós-graduação, dependendo da área, esse valor pode se aproximar de 90%, lugares em que é preciso procurar muito para achar um nativo entre os montes de indianos e chineses.
Para Jonathan Katz, físico da Universidade de Washington, os jovens americanos estão certos em desprezar as carreiras científicas.
"Eu conheço mais pessoas cuja vida foi arruinada por um doutorado em física do que pelas drogas", brinca.
Ele é o autor de um polêmico texto que há anos circula entre os físicos na internet.
Katz parece ter captado o espírito do jovem promissor que foge da ciência: "Você está pensando em ser um cientista? Esqueça! Vá estudar medicina, direito, informática. Ser cientista é divertido, mas depois precisará lidar com o mundo real."
As bolsas de pós-graduação pagam mal: um doutorando em física da Universidade da Califórnia em Los Angeles, por exemplo, ganha US$ 1.700 por mês.
Mas o problema, diz Katz, é que o tempo passa e os jovens não conseguem se livrar da vida de bolsista
"Formamos duas vezes mais doutores do que conseguimos contratar. Com a concorrência, os jovens cientistas passam até dez anos tendo de viver com bolsas".
"Um bom advogado entra no mercado de trabalho com 25 anos", diz Katz.
A solução, para ele, seria a absorção dos pesquisadores pelas universidades em caráter permanente.
O problema é que, se o país passar a formar menos doutores, que são os responsáveis por boa parte da pesquisa de qualquer nação, sua produção científica vai despencar mais ainda.

Mas por que chegamos a este ponto!??

Por que os físicos, que há pouco tempo, na corrida espacial, eram considerados os mais importantes funcionários da empresa ou do centro de pesquisa estão se tornando obsoletos, assim como uma garrafa pet.
Ja parou para pensar nas brigas passadas, como fomos muitas vezes na história da civilização humana... Na inquisição fomos queimados... e quando conseguimos levar a luz à sociedade, esses então ajoelharam sobre nós de tal forma que subimos ao topo da pirâmide ao lado do Papa. Tinhamos ao lado da religião, a importância da ciência, e é claro o seu valor.
Continuando na história... agora nos livros didáticos, sabemos que muitos deles falam sobre a segunda guerra mundial e suas atrocidades, seus crimes contra a humanidade, numeros de mortos, cidades devastadas, ditadores em ascensão e declínio. Mas e a ciência? Aonde está nesse momento? Saiba você caro leitor, que houve uma briga, americano-soviética, pelos principais laboratórios de pesquisas alemães. Eles queriam evoluir, com o que ja existia de melhor, não estavam preocupados com o que houve de mais assombroso... assim é a ciência. Objetiva e sempre procurando evoluir a nossa compreensão do que há no mundo...
Mas o que acontece a partir do momento que a chave principal da ciência se torna obsoleta?
Pode achar presunsão de minha parte chamar os físicos de chave principal. Mas o desempenho ímpar desses na história da humanidade me faz lhes dar tal relevância.
Quando somos despresados, ficamos a margem da sociedade, simplesmente não trabalhamos, procuramos caminhos alternativos para sobrevivência, e o capitalismo comporta, afinal não somos muitos.  
No fim, todo o nosso conhecimento, retido e limitado aos nossos cérebros, faz com que esperemos que a história corra os anos e assim percebam o pecado que cometem ao nos deixar de lado, e quando necessitarem do nosso conhecimento iram nos sugar, como parasitas... Hão de ficar pasmos com a heresia que cometeram com a ciência e com sigo mesmo deixando de evoluir, para procastinar.
Matam o leitero, que passa desapercebido no meio da multidão... mas essa multidão, sabe intrinsecamente, que somos úteis e necessários....
Nesses momentos, recorro à Carlos Drummond... 


Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morados na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.

E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro…
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue… não sei.
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

A Nossa Insignificancia no Universo
bookmark
bookmark
bookmark

Analytics