PC ou TV?
           Todo dia pela manhã me atualizo através de notícias na internet acompanhado de um café da manhã, não é uma pratica visando o dinamismo, muito menos parte do corre-corre matinal, mas sim uma evolução da praticidade que a tecnologia que me envolve traz. E com essa facilidade o que percebo é: A maior parte dessa tecnologia presente no nosso dia a dia existe para nos ajudar.

            Mas sempre que posso paro e penso se pessoas comuns, que assim como eu tem um tempo mínimo para as notícias, praticam o mesmo. E conversando aqui e lá cheguei a conclusão de que não.  A grande maioria ainda se atualizam, isto é, se informam através da Tv. Bom até ai você leitor pode pensar: E daí, qual o problema eu também faço isso! Pois bem, não há problema, de fato a Tv ainda sim pela manhã tem muitos jornais para nos informar, assim como o rádio. No entanto, ao fazer isso, você não está se atualizando. Você ainda está na antiga prática de sentar na Tv e receber o que ela tem a passar. Já na internet, você busca as informações. Não precisa ler todos os sites ou todas as notícias. Simplesmente seleciona o que você quer ler, por exemplo: Tempo, Futebol, Eleições e por que não uma receita pro almoço! Ta vendo, agora você pode cada dia fazer um prato diferente, por que tem uma enciclopédia a sua frente. E se você quiser fazer esse prato ouvindo um som que há tempo não escuta ?  Agora você pode fazer isso. Bom parei por aqui, ja ta parecendo aqueles comerciais do Polishop.

            Mas aonde quero chegar com isso? O que eu fiz acima, resumidamente, foi uma divulgação científica. Mostrei uma melhoria tecnológica e disse uma vantagem que ela te traz. Mas por que então essa crise de divulgação científica ? Atualmente, vivemos de alguns extremos se tratando de Brasil. Algumas pessoas tem acesso a uma tecnologia mínima, já outros nem energia ainda possuem. E isso causa uma grande dificuldade para apresentá-la.

            Outra questão que acho pertinente é a escolha temática, algumas vezes tão desagradável quanto tomar Toddy com leite desnatado, Vejamos um exemplo: Imaginemos a situação hipotética de levar uma turma de 1 ano do colégio para um museu de arte. Primeiro: Eles estão muito mais interessado pelas meninas da sala ou as que estão presente no museu do que por qualquer arte lá; Segundo: Para algo se tornar enfadonho é preciso dinamismo, algo que um museu de arte dificilmente tem; Terceiro:  Mostrar facilidades e expor os jovens a interesses do seu dia a dia como celular ou messenger , jogos entre outros entretenimentos tecnológicos é um atrativo e tanto pra seres humanos com hormônios em excesso.

            De que adianta eu querer falar de arte barroca pra um aluno que tem uma vasta tecnologia a sua frente a não ser por questão de curiosidade. Existiu, influenciou nisso e nisso. Outro exemplo que seria absurdo: Uma palestra sobre arte rupestre! Qual jovem quer se submeter a tal cultura. Isso pode ser desastrosamente chato tal qual passar as noites de sábado vendo Tv com os sogros.  Do modo que o mundo atualiza hoje, muitos assuntos devem ser apenas contados, claro que não podemos deixar tudo de lado, mas também não podemos deixar tudo incluso, senão chegamos a brilhante conclusão de Bernard Shaw entre especialistas e generalistas e a sua relação com o conhecimento nos tempos modernos: os especialistas, sabem cada vez mais sobre menos, até saberem tudo sobre nada, enquanto os generalistas sabem cada vez menos sobre mais, até não saberem nada sobre tudo.

            Se hoje temos os projetos de Ensino à Distância, vídeo conferência entre outras evoluções oriundas da tecnologia, é pelo fato de facilitar e possibilitar situações antes impossíveis. Me lembro de quando ouvia reclamações de preços abusivos de telefone, mesmo celular, migração de operadoras e o que dispomos hoje pra suprir isso? Os programas de mensagens instantaneas como dito acima e os inovadores VOIP – Voz por IP, programas que usam da internet para conversação em telefones com tarifas baratissimas.

            Dessa forma, não vejo como a divulgação científica ficar presa a dogmatismos, métodos arcaicos ou qualquer outra dificuldade que tanto paira sobre isso. O que deve ser pensado antes de expor um assunto ou uma divulgação científica é se esta vai ter interesse para outrem, o que isso poderá acrescentar a vida desse outrem. Com certeza se isso for pensado antes de falado ou escrito, poderá sim melhorar em muito o interesse, atenção ou curiosidade do ouvinte/leitor. Não é preciso ensinar ciência, mas sim passar adiante a cultura científica.

Do que você tem mais medo ??
Ao ler hoje uma notícia de um pedagogo sobre escolhas profissionais, fiquei tão em choque quanto uma garota de 15 anos ao perder a virgindade!!! Continue, logo entenderá o porquê! Como dito cima o autor do artigo apresentou uma pesquisa sobre escolhas profissionais e as novas frentes de trabalho dos próximos anos e fiquei me perguntando: Será que de fato escolhemos o emprego ou a profissão que realmente queremos?

Ele veio com um papinho de que a sociedade está ficando mais velha e não discuto isso, de fato basta andar nas ruas pra me deparar com a legião de caquéticos jogando dominó aqui, atravessando a rua tal qual uma lesma lá, bebendo uma pinguinha acolá ou lotando as filas do SUS, enfim, realmente os velhos estão predominantemente na sociedade. Mas o papinho que o pedagogo defendia era de que está surgindo novos empregos e novas áreas no mercado de trabalho para assistência a tais idosos.

Fico me perguntando seria esses empregos em funerárias? Em casa de repouso?  Não, para minha surpresa é nas filas do SUS mesmo, pois o autor da pesquisa diz que o mercado é nas áreas de educação física e físioterapia , além de novas áreas como gerontologia, que segundo o grego significa: Aprender a ter paciencia com velhos tarados,trocar seus fraldões e ouví-los falar de comunistas e Adoniran Barbosa .

Mas não é de todo desespero, praqueles que não se inspiram nos idosos há também uma nova área no mercado, e nessa que venho discutir um pouco mais. Dizia no artigo que a onda tecnológica vem tomando conta dos meios de comunicação e a interação esta cada vez maior. Assim, fica ao cargo dos que se adaptaram a esta nova era passar o conteúdo útil para as próximas gerações, esse profissional é conhecido como professor. É isso aí, aquele mesmo que você reclama na segunda, terça, quarta, quinta e principalmente sexta-feira. Aquele que recebe tão bem quanto um trocador de borracha da tampa de panela de pressão,  que é tão valorizado quanto um porteiro ou um cobrador de ônibus.

Pois é, você agora deve estar pensando o mesmo que eu. Que tipo de droga o pedagogo usou pra falar uma heresia dessas?  Onde ja se viu, numa sociedade onde temos empregos tão importantes e valorizados como o de políticos, médicos, advogados e até mesmo essa nova onda de comediantes, fico estarrecido de ver como ele tem a ousadia de falar de professores. Se você perguntar a qualquer jovem hoje, pode ter certeza que em alguma dessas áreas ele vai estar direcionando seus estudos. Não tem essa de querer ensinar, querer fazer o bem, querer não bater em mulher... Isso aí acabou em Camões, trovadorismo, essas coisas cheias de traça.

Hoje a estrutura do mercado nos induz a uma única coisa, a querer o mais do mesmo. Abarrocar o mercado dos mesmos profissionais importantes, afinal você alguma vez reclamou de algum médico, de algum advogado, de algum comediante ou quiçá um político?  No entanto, todos tem algo em comum: Outrora fizera você esborrachar de tanta gargalhada. Seja pelo honorário cobrado por aquela casa da falecida Tia-avó, pelo erro médico na hora do parto que fizera perder esposa e filho, pelas piadas infames para com seu feliz cotidiano, pelas taxas absurdas cobradas, enfim, você ri de tudo isso com uma naturalidade tamanha.  E é assim que você também escolhe sua profissão, com uma naturalidade tamanha que quando está lá envolvido na rotina da sangria, só consegue rir, estufar o peito e gritar: Ahhhhh!! Como eu adoro novela... 



Fica a dica musical : 



Quem não se lembra quando ainda criança brincando de pique – esconde?  Pois é, e lembram também como a brincadeira se tornou sem graça quando chegaram em nossas mãos os “Walk-Talks”.Com isso tivemos que improvisar, criar novas brincadeiras, deixar a mente fluir pra adaptar esse novo brinquedo que dispertava o espírito guerrilheiro até na mais franzina criança. 

Na verdade você era muito jovem pra perceber as diferenças que existia entre o telefone comum que você mal usava e o seu walk talk que não saia do bolso. Mas podemos resgatar na memória e lembrar algumas diferenças que são nítidas:O fio era uma delas, enquanto você via sua mãe ou sua irmã mais velha enrolando os dedos no fio do telefone durante horas falando sobre novela ou receita de frango com quiabo você ja percebeu que podia correr pra lá e pra cá sem se limitar aquele fio. E a antena ? Também era motivo de se perguntar, afinal o telefone tinha fio, mas não uma antena. E os ruídos ? As ligações que você ja tinha feito no telefone existia algum ruído ? ?  E nas brincadeiras, quantas e quantas vezes você não berrou desperado pro seu parceiro de guerra “Chega mais perto que eu num to te ouvindo” ? Pois é isso tem um significado!!! Aí começa a transmissão de voz via onda eletromagnética.

Agora você ja deve estar se pensando: “Puta!!! La vem o cara com assunto chato, vo entrar no orkut que eu ganho mais!”  Calma! Tenha paciência tal qual você tinha quando era adolescente e resistia as madrugadas de sábado a noite esperando os pais dormirem e lutava bravamente contra o sono. Retomando o nosso foco. Como você acha que conseguia falar sem o fio como meio trasmissor ? Então, ao passo que o telefone tinha como meio de transmissão pulsos elétricos, os aparelhos de radio-frequência, conhecido por você como walk-talk , utiliza de frequencias eletromagnéticas para transmissão de dados.

Tá e o que veio após isso? A evolução dos walk-talks? Quem não se lembra dos famosos “Tijorola” que nada mais era a mistura de um tijolo com a marca Motorola de celulares. Um aparelho grande e pesado, mas que funcionava perfeitamente à distâncias consideráveis e apesar do avanço tinha certas limitações como antena, bateria com pouca duração, e sinais analógicos. Disso para os aparelhos que temos hoje o salto é grande tecnologicamente falando. Vejamos os porquês!

As empresas de telefonia celular perceberam o mercado promissor e pensou em criar aparelhos que dessem mais comodidade para usar no dia a dia, funcionasse em qualquer lugar, de forma que você pudesse falar a vontade com quem tivesse um desses aparelhinhos. Com o número de usuários em ascensão o que foi feito pra não congestionar as linhas e começar a dar os famosos “pau” ? Como dito a pouco, os celulares funcionam com frequencias de ondas eletromagnéticas e quando se lê frequencia o que vem a nossa mente? Hertz. Não, não é o meia direita da seleção da Hungria de 66. Mas sim o nome dado pelo SI ( Sistema Internacional ) de como medir as frequencias. Ela é dada por valores de um ciclo por segundo, por exemplo: O nosso ouvido “ compreende ” na faixa de 20Hz  até 16000 Hz. A nota musical lá, que tem a mesma frequencia de quando um telefone está ocupado, ambos estão na faixa de 440Hz. Sabendo disso podemos explicar a grande sacada que tiveram as empresas para não ter o congestionamento como perguntado antes. Eles criaram o modelo 2G, saindo do modelo analógico e propondo uma banda muito maior para comunicação dos dados digitais. A rede 2G, ou conhecida como GSM, Sistema Global para Comunicação Móvel em inglês, funciona da faixa de 800MHz a 1900MHz, compreendendo uma grande faixa para solução do problema de excesso de dados ou de aparelhos celulares.

Ja agora, o que você mais ouve e lê são os Smartphones, que com o avanço da internet e das redes socias, Orkut, MSN, Twitter e Facebook  o celular ficou um pouco de lado, por ser preso principalmente ao “ligar”. Assim então veio a necessidade de continuar as vendas para as empresas de telefonia, surgiu com isso os aparelhos 3G, o qual inclui os Smartphones. E denovo entra a trasmissão de dados como conflito. O que seria essa 3G? O que evoluiu da 2G? Para se ter uma idéia de comparação: Enquanto você faz um download de música em MP3 na 2G em 3 minutos, na 3G isso cai pra absurdos 15 segundos. E como tudo isso é possível?  Caimos denovo na frequencia de transmissão de dados.

As centrais de controle de sinais aumentaram a banda para 1,9GHz  até 2,1GHz, podendo assim, usufruir de muito mais recurso em um único aparelho, tentando mostrar pra você usuário que a evolução não para aí ela surge conforme a nossa necessidade. Seja ela qual for como: gravar relações com o namorado (a) e divulgar na web, marcar encontros secretos, baixar filmes piratas ou extornar dinheiro de uma conta bancária. Mas não se preocupe, não é toda pessoa que faz esse tipo de coisa, só as normais.

A Nossa Insignificancia no Universo
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